Na última terça-feira (02/04), em virtude do Dia Mundial da Conscientização do Autismo, o Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias XVII da Universidade do Estado da Bahia, por meio de uma iniciativa do Centro Unificado de Representação Estudantil (CURE), promoveu o Seminário “Mais Informação, Mais Inclusão: A Luta Contra a Desinformação sobre o Autismo”.
Com a participação de especialistas na área, o evento reuniu técnicos, alunos, professores e membros da comunidade externa, em sessões matutinas e noturnas realizadas no auditório do DCHT XVII, com o intuito de combater a desinformação em torno dos Transtornos do Espectro Autista (TEA), em um dia marcado pela dedicação à causa.
Pela manhã, o Seminário iniciou-se com uma mesa institucional de boas-vindas, com a presença da diretora Cynara Sento Sé, da coordenadora do Colegiado de Ciências Contábeis Ana Paula Fernandes, da professora Deyse Queiróz (representando o Colegiado de Administração) e da professora Dra. Elvina Perpétua (representando o Colegiado de Pedagogia).
Seguiu-se então a primeira mesa temática do dia, intitulada “Processos de Inclusão da Pessoa com TEA”, com a participação de três especialistas na área:
Maria Rita Muniz, aluna do 7º semestre do curso de Licenciatura em Pedagogia, mãe de uma criança com autismo, aplicadora do método ABA e representante da Associação de Mães e Pais de Autistas Lapenses (AMPAL);
Mainara Pereira, Psicóloga Infantojuvenil e Especialista em Autismo;
Lívia Guimarães Farias, psicóloga especialista em educação, Gestalt, terapia e neuropsicologia, mestre em memória, linguagem e sociedade, além de docente dos campi XII e XVII da Universidade do Estado da Bahia.
A noite foi conduzida a segunda mesa de debates: “Desmistificando Mitos e Preconceitos”, com a participação de Maria Rita e Geisiane Rocha, Musicoterapeuta, mestre em música, doutoranda em linguística e pesquisadora em linguística.
As discussões, embasadas no conhecimento científico e nas experiências das mulheres presentes, foram profundamente emocionantes. As mães da AMPAL que estiveram presentes compartilharam suas batalhas cotidianas, bem como as de seus filhos, em uma sociedade intrinsecamente preconceituosa e que tende a invisibilizar as pessoas com TEA. Os relatos, juntamente com as contribuições das mesas, desempenharam um papel crucial na desconstrução de conceitos equivocados relacionados ao autismo, como a compreensão de seus diferentes graus, os direitos das pessoas autistas e a importância de sua plena inclusão na sociedade.
A mensagem ao fim do dia foi importante e marcante: “Como as aves, pessoas são diferentes em seus voos, mas iguais no direito de voar” – Judite Hertal.
Autora: Geovanna Lacerda (Assessoria de Comunicação do DCHT XVII)